Autoestima

Muitos costumam confundir autoestima com autoafirmação, como se ter uma “boa autoestima” fosse sinônimo de elogiar-se e reconhecer-se constantemente como alguém dotado de “boas” características. No entanto, isto é um grande engano que pode gerar comportamentos equivocados, com pouco acolhimento e aceitação sobre quem se é e o que é possível de ser vivido por cada um, a cada momento.

Se pudéssemos traçar um paralelo com qualquer outra palavra que pudesse nos ajudar nessa compreensão, esta seria “respeito”. Autoestima é a vivência interna de sermos respeitosos com tudo o que acontece dentro de nós, sem cobrarmo-nos de que as coisas sejam diferentes. Aceitamos os nossos processos e aquilo que nos ocorre a cada instante, sem julgarmo-nos desejando ser outra pessoa.

Esse entendimento evita atitudes de comparação e autodesvalorização, pois entendemos que somos singulares, com jornadas individuais dotadas de dificuldades e desejos específicos que só podem ser administrados por quem os possui. Não há melhor ou pior. Assim, pouco a pouco, vamos aprendendo a ver o potencial e a riqueza de nossa própria história, até que possamos, como na música de Caetano Veloso, perceber não só a dor, mas também a delícia de ser o que é.

Entregue-se às mudanças

Se entregar ao desejo de mudança nem sempre é fácil. Nos depararemos com nossas resistências, medos, carências e diversos outros aspectos que nos mantém enganchados